quinta-feira, 21 de abril de 2016

Introdução



A indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e cosméticos (HPPC) apresenta uma certa dificuldade de delimitação do setor, que relaciona-se com outras áreas da indústria como química, farmacêutica e de alimentos. Porém, é sabido que a delimitação do setor é necessário para a análise do padrão competitivo da indústria de cosméticos.
Desta forma, a definição mais aceita no Brasil é a da ANVISA, órgão de regulação do setor, que define os produtos de Higiene Pessoal, Perfumese Cosméticos (HPPC) como
 “preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado” (Resolução RDC n. 211, de 14 de julho de 2005). 
O setor de HPPC divide-se  três segmentos:

  • Higiene pessoal: composto por sabonetes, produtos para higiene oral, desodorantes,absorventes higiênicos, produtos para barbear, fraldas descartáveis, talcos, produtos para higiene capilar etc.
  • Cosméticos: produtos de coloração e tratamento de cabelos, fixadores e modeladores,maquiagem, protetores solares, cremes e loções para pele, depilatórios entre outros.
  • Perfumaria: perfumes e extratos, águas de colônias, produtos pós-barba etc. 


Referências:

AGêNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL (ABDI). Relatório de Acompanhamento Setorial: Segmento de insumos químicos para o setor de cosméticos. 2013. Disponível em: https://www3.eco.unicamp.br/neit/images/stories/arquivos/RelatorioABDI/relatorio-SIQCCOMISBN.pdf. Acesso em: 10/04/2016
BUSTAMANTE, Paula Margarita Andrea Cares. A Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos e seus mecanismos de competitividade. . 2012. Disponível em: http://www.ccsa.unimontes.br/semanadoeconomista/images/arquivos/anais/GT4/industria_higiene_pessoal_perfumaria_cosmeticos_seus_mecanismos_competitividade.pdf. Acesso em: 10/04/2016 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

História dos Cosméticos no Brasil


Na sociedade atual, a beleza é um assunto de grande relevância e os cosméticos são vistos com bons olhos na busca de uma boa aparência. 

No Brasil, os cosméticos teve sua história iniciada em 1801, quando D. João IV autorizou a fabricação de sabões num cenário considerado caótico, marcado por excesso de lixo e sujeira nas ruas e vilas. Como a importação de sabão custava caro, fábricas de velas e sabões começaram a ser instaladas no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro onde se concentrava a maior parte das 30 produtoras do país. As outras localizavam-se em São Paulo, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Pará e São Luís do Maranhão. A primeira fábrica foi instalada por Guilherme Müller, em 1821. 

A vinda da família real para o Brasil trouxe a adaptação com a elegância e costumes franceses, logo o perfume passou a ser utilizado como forma de disfarçar o odor. Com isso, no Reinado de D. Pedro II, foi instalada a primeira perfumaria, a Desmarais, localizada no centro do Rio de Janeiro na Rua Ouvidor onde mais tarde foram inauguradas outras perfumarias. 
No Rio também funcionou a fábrica de Colônia de João Baptista, aberta em 1884. 

Com a ausência de banheiros nas casas, os hotéis ofereciam serviço de banho com água retirada do chafariz do Largo do Poço. A Casa de Banho Pharoux, localizada no Hotel Pharoux era famosa na oferta deste serviço ao público. A partir daí os hotéis passaram a oferecer quartos de banho e os primeiros banheiros começaram a surgir nas casas mais sofisticadas. 




Em 1870 foi fundada a Casa Granado, onde eram fabricados talcos, perfumes e produtos medicinais. Era neste estabelecimento que D. Pedro II comprava seus produtos de higiene. 

Em 1909 José Milani lançou o sabonete Gessy. 


Na década de 30, os irmãos Lever lançam a primeira fábrica de sabonetes no Brasil. 
Na década de 1940, as chamadas “Senhorinhas Lever” percorreram várias cidades para divulgar o sabonete das estrelas e convencer as consumidoras a experimentar suas propriedades cosméticas.



Após a Segunda Guerra Mundial, aumenta a noção de higiene e com isso a demanda e oferta de produtos na área. Com a difusão dos meios de comunicação as empresas passam a investir em publicidade, aumentando a venda de produtos de limpeza e cosméticos. As casas também passam a contar com água encanada e banheiros. 

A partir daí os números do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) não param de crescer. Segundo dados da Associação Brasileira da Industria de Higiene Pessoal, Perfumaria e cosméticos (ABIHPEC), o país ocupa o terceiro lugar em relação ao mercado mundial de HPPC, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, e é responsável por 9,4% do consumo mundial.


Referências:

Evolução dos cosméticos no Brasil. 2011. Disponível em: http://crq4.org.br/cosmeticosleiamais1. Acesso em: 10/04/2016

História dos Cosméticos . 2011. Disponível em: http://crq4.org.br/default.php?p=texto.php&c=historiadoscosmeticosquimicaviva#cosmeticosPrincipal. Acesso em: 10/04/2016

ASSOCIAçãO BRASILEIRA DA INDúSTRIA DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMéTICOS - ABIHPEC Panorama do setor de HPPC. 2014. Disponível em: https://www.abihpec.org.br/novo/wp-content/uploads/2015-PANORAMA-DO-SETOR-PORTUGU%C3%8AS-11ago2015.pdf. Acesso em: 10/04/2016

terça-feira, 19 de abril de 2016

Distribuição Empresarial no Brasil



A indústria de cosméticos no Brasil conta com um número elevado de empresas que oferecem produtos diversificados, caracterizando-se como oligopólio diferenciado. 
Segundos dados da ABIHPEC, em 2015 o país contava com 2.522 empresas atuando no setor, sendo que 20 empresas de grande porte eram responsáveis por 73% do faturamento total, mostrando o alto grau de concentração do setor.


A região com maior número de empresas instaladas é o Sudeste, em especial São Paulo, onde concentra-se 1.550 empresas totalizando mais da metade existente no setor. 
Segundo Coutinho et al. (2002) a presença de grandes empresas se contrasta com a também numerosa quantidade de pequenas e médias empresas que produzem cosméticos. Esse quadro é resultado da base técnica caracterizada de fórmulas simples no estágio inicial até se tornarem grandes empresas. 
A tabela abaixo apresenta as maiores empresas do setor HPPC no Brasil em 2008.



Referências
ASSOCIAçãO BRASILEIRA DA INDúSTRIA DE HIGIENE PESSOAL,
PERFUMARIA E COSMéTICOS - ABIHPEC Panorama do setor de HPPC. 2014. Disponível em: https://www.abihpec.org.br/novo/wp-content/uploads/2015-PANORAMA-DO-SETOR-PORTUGU%C3%8AS-11ago2015.pdf. Acesso em: 10/04/2016


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Barreiras à Entrada




O setor de cosméticos caracteriza-se por apresentar reduzidas barreiras a entrada (pequena necessidade de capital inicial e facilidade de fabricação dos produtos), por isso o elevado número de pequenas e médias empresas atuando no setor. 
Tais empresas, porém, deparam-se com importantes limitadores de crescimento como, por exemplo, dificuldade para estabelecimento de uma rede de distribuição e comercialização de produtos. Como aponta Garcia e Furtado (2002), um outro problema refere-se ao acesso de crédito diferenciado para investimento e giro no mercado. 

Alguns importantes limitadores de crescimento são: 

  • Ativos Comerciais: todas as empresas, independentemente da forma de comercialização, utilizam estratégias de fortalecimento dos seus ativos comerciais (marcas, canais de comercialização e distribuição dos produtos), o que mostra a importância de ativos intangíveis para a concorrência no setor. Essa é uma das principais barreiras ao crescimento de PMEs do setor, que se deparam com a falta de canais de comercialização dos seus produtos e de uma marca. 
  • Desenvolvimento de Novos Produtos (novas essências e substâncias incorporadas aos cosméticos): as grandes empresas mantêm estreitas relações com seus fornecedores de produtos químicos, principalmente no que se refere a criação de novos produtos, fator que faz com que elas saiam na frente na criação de novas tecnologias, que mais tarde serão imitadas por outras empresas de pequeno e médio do setor. 
  • Terceirização: Algumas empresas procuram reduzir seus custos por meio de terceirização de algumas linhas de produtos junto a empresas manufatureiras especializadas. 

Referencias
CAPANEMA, Luciana Xavier de Lemos et al. VELASCO, Luciano Otávio Marques de; FILHO, Pedro Lins Palmeira. PANORAMA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS. 2007. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set2505.pdf. Acesso em: 10/04/2016

domingo, 17 de abril de 2016

Diferenciação de Produtos - Empresa Natura Cosméticos S/A



A diferenciação de produtos e serviços se mostram eficientes para as empresas, pois oferece à elas vantagens competitivas com relação à concorrência.
Se um produto não se destaca, provavelmente desaparecerá do mercado.
Várias são as formas de uma empresa se destacar no mercado, focando no setor de cosmético, mais precisamente, usando como exemplo a Natura Cosméticos S/A, nota-se que a empresa utiliza de muitas das práticas de diferenciação de produtos:

  1. Imagem e Marca 
  2. Desempenho e confiabilidade 
  3. Linhas de produtos 
  4. Nichos de mercado 
  5. Canais de distribuição



A Natura, maior empresa de capital nacional entre as fabricantes de cosméticos, destaca-se por praticar marketing agressivo e garantir ao público produtos de qualidade. 
Um outro ponto de destaque da empresa são as políticas de responsabilidade social e sustentabilidade que já eram praticadas por esta antes mesmo do assunto atingir as dimensões atuais. 
As embalagens de seus produtos, em especial da linha EKOS, refletem o respeito da marca com a natureza. 
O atendimento a clientes específicos, assim como a oferta de produtos complementares, também são importantes estratégias no sentido de atingir nichos de mercados, recentemente a empresa lançou uma linha direcionada ao publico adolescente segmento ao qual não atuava.
A imagem a seguir nos mostra as linhas de maior sucesso da marca.



Reconhecendo a importância de todas as estratégias anteriores, o principal diferencial da empresa relaciona-se a forma de venda dos produtos baseada na venda direta, que além de se mostrar compatível com a sofisticação dos produtos, preços consideráveis e refinamento dos mostruários, mostra-se vantajoso no sentido das ¨Consultoras Natura" representarem a principal ligação da companhia com o consumidor final.
A empresa, porém, vem inovando ainda mais com a criação de lojas virtuais e de novas linhas de produtos como a linha Sou, com preços mais acessíveis e a linha Ekos ukuuba, que valoriza a biodiversidade brasileira.

Referencias
LOUZADA, Roberto; , Fernando César Almada Santos. Estratégia competitiva na indústria de cosméticos: estudo de caso na Natura. 2006. Disponível em: http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/566.pdf. Acesso em: 11/04/2016

sábado, 16 de abril de 2016

A Diversificação no Setor de Cosméticos




A indústria de cosméticos é marcada por produtos que apresentam elevado grau de heterogeneidade e diversificação, pontos que são facilmente observados pela existência de numerosas estratégias usadas pelas empresas no mercado mundial.


As oportunidades de diversificação resultam da relação da empresa com com seus clientes e/ou fornecedores. Desta forma, pode ocorrer em forma de investimentos em uma nova atividade produtiva ou na fusão ou aquisição de uma empresa já existente no mercado.
A forma como o processo de diversificação ocorre conduz o resultado do negócio da empresa e tem relação direta com sua permanência no mercado. 
Muitas das empresas atuantes no setor de cosméticos, em especial as de dimensões globais, possuem ligações com outros ramos de atividades como a farmacêutica ou indústria de alimentos, e assim, fazem uso de economias de escala e escopo em virtude da proximidade entre elas. 
O processo de diversificação gera alguns benefícios que podem levar as empresas a um processo de crescimento e maior acúmulo de capitais (KUPFER & HASENCLEVER, 2002).
No quado abaixo podemos observar as quatro alternativas para o processo de diversificação.

Com relação a organização, as empresas no setor estão divididas da seguinte forma: 

Desta forma, podemos separar o organização destas empresas do setor em: 

A) grandes empresas diversificadas: empresas que utilizam de economias de escala e escopo com atividades correlatas (higiene pessoal, perfumaria, farmacêutica e até alimentos). As estratégias do setor de cosméticos confundem-se com as de outros segmentos devido os elevados graus de diversificação. Essas empresas se beneficiam das economias de escala e de escopo entre estas atividades não só na produção, mas também na pesquisa e comercialização. Um exemplo disso se dá na distribuição e comercialização dos produtos, como as empresas fazem uso do mesmos canais para cosméticos e produtos de higiene pessoal, elas comercializam seus produtos por meio de canais de varejo, como supermercados e hipermercados. Empresas dessa categoria geralmente não atendem a todos os segmentos do setor de HPPC. 
Os principais exemplos são:
  • 1) a anglo-holandesa Unilever, que atua nos segmentos de higiene pessoal (que respondepor 24% da receita), alimentos (23%), higiene e limpeza (20%), óleos e margarina (17%),sorvetes e bebidas (15%) e outros (1%);
  • 2) a norte-americana Procter & Gamble, que apresenta um faturamento distribuído pelos segmentos de beleza (33%), saúde e bem-estar (23%) e cuidados com a casa (44%);
  • 3) além das empresas Johnson & Johnson e Colgate-Palmolive.
B) empresas com atuação concentrada (L´oreal, Shiseido, Revlon, Estee Lauder e Coty): atuam em atividades produtivas e tecnológicas na indústria de cosméticos que lhes permite desenvolver produtos mais sofisticados e associados à diferenciação seja nas fragrâncias, embalagens, etc. Situam-se nessa classificação também empresas que operam em mais de um segmento (cosméticos, higiene pessoal e perfumaria) de HPPC, Um outro ponto considerável destas industrias refere-se a forma de comercialização que geralmente concentra-se em lojas especializadas em perfumaria e cosméticos. Muitas empresas, como a Avon, Mary Kay, Natura e recentemente O boticário, também fazem uso da estratégia das vendas diretas (door-to-door). 
C)  empresas de nicho/farmácia de manipulação (Dermatus, PHD): representada por empresas de pequeno e médio porte, de capital nacional, cuja produção é voltada para um subconjunto específico (cosméticos, higiene pessoal ou perfumaria). Essas empresas apresentam pouca necessidade de capital inicial.  
D)  Empresas terceirizadas e prestadoras de serviços especializados (Lipson, Billi, Betulla, Weckerle, Embatek e Rueckert): empresas que produzem cosméticos para terceiros e podem também prestar serviços de compra de insumos e embalagens, assim como executar testes exigidos para registrar ou notificar o produto perante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa.  (BNDES, 2010:3).

Cadeia Produtiva do Setor de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos:



Detalhando os canais de distribuição: 


A diversificação na prática no setor HPPC:

Referências 
PIROLA, Erika Nogueira. Indústria e Território:o caso da cadeia produtiva de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. 2011. Disponível em: file:///C:/Users/Val/Downloads/PirolaErikaNogueira_D.pdf. Acesso em: 11/04/2016
BIANCO, Vinícius Soares Del. ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS DE DIVERSIFICAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS . 2008. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_STP_075_533_11705.pdf. Acesso em: 11/04/2016
  



sexta-feira, 15 de abril de 2016

Determinação de Preço / Padrão de concorrência

A decisão do preço é importante, pois ao determinar o preço o produtor afetara o volume de vendas, influenciando diretamente a demanda e a percepção do produto contribuindo para o posicionamento da marca.
Os fatores determinantes na definição de preços são:

  • Maximização do lucro atual: o preço é fixado pelo desempenho do produto e pelo conceito de valor percebido. Na qual entregam um valor prometido e o cliente percebe tal estratégia utiliza outros conceitos do mix de marketing, como a propaganda e a força de vendas da empresa.
  • Maximização de participação do mercado: como todas as empresas analisa a concorrência seus produtos e seus preços orientando-se por estes para a fixação de seus próprios produtos, a fim de manter sua participação de mercado e giro de seu produtos.
  • Utilização da estratégia de preço e valor percebido: o valor percebido pelo cliente em diversos aspectos como: imagem desempenho, canais de distribuição, garantias, atributos, reputação, confiabilidade.

No setor de HPPC as empresas competem diferenciando seus produtos. o preço neste setor não é visto como uma importante arma no sentido de competição, apesar da sua ocorrência. Markups elevados são de fundamental importância para as firmas que realizam um esforço permanente de vendas. Assim, as formas mais utilizadas de competição no setor baseia-se na qualidade do produto, marketing e publicidade e inovações, de forma que o investidor se torne líder de mercado.

Com relação a tipologia de mercado, (Possas, 1985), o setor HPPC é classificado como Oligopólio Diferenciado. 
―A diferenciação de produto como forma principal de concorrência tem implicações específicas sobre a estrutura de mercado e sobre a dinâmica global. Quanto à primeira, na medida em que a diferenciação está quase sempre associada a certos mercados de bens de consumo duráveis ou não-duráveis, o esforço competitivo estará concentrado nas despesas de publicidade e comercialização, no que se refere aos produtos existentes, assim como à permanente inovação de produtos apoiada em gastos de pesquisa e desenvolvimento, através de novos produtos, modelos, desenhos, qualidade e preços, tendo em vista diferentes faixas de consumidores por nível de renda, hábitos, idade, e outras variáveis‖ (Possas, 1985:186-187).
Referências 
PIROLA, Erika Nogueira. Indústria e Território:o caso da cadeia produtiva de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. 2011. Disponível em: file:///C:/Users/Val/Downloads/PirolaErikaNogueira_D.pdf. Acesso em: 11/04/2016

Pesquisa e Desenvolvimento/Inovação

Cosmetologia- é a área da ciência farmacêutica dedicada à pesquisa, desenvolvimento, elaboração, comercialização e aplicação de produtos cosméticos. Estuda os recursos de tratamento e embelezamento natural baseado no uso de produtos, substâncias e embalagens, denominados genericamente de cosméticos de aplicação externa e superficial.
A pesquisa e desenvolvimento na indústria de cosmético é um dos fatores que contribuem para o aquecimento do setor, com o investimento constante no desenvolvimento de novos produtos voltados a satisfazer a diversidade dos consumidores toda a cadeia produtiva acaba sendo estimulada.
No  Brasil, uma grande aliada do financiamento é a Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, que fomenta a inovação das indústrias de HPPC. Outro grande aliado ao financiamento no país é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é empresa pública federal, e hoje é o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental (BNDES, 2010).
O Apoio do BNDS para o setor HPPC é apresentado no gráfico abaixo.


A inovação é muito importante para que a empresa se mantenha no mercado, o setor de cosmético é dinâmico e que necessita de inovação continua e investimento para acompanhar as preferências dos consumidores que diferencia em função de faixa etária, sexo, e etnias, no setor de cosmético não existe uma formula para o sucesso podemos ter estratégias bastante diferenciadas por duas empresas que vem expandindo seus negócios sendo considerados bem sucedidas.
“Inovação é a introdução no mercado de produtos, processos, métodos ou sistemas não existentes anteriormente ou com alguma característica nova e diferente até então em vigor”. João Guimarães Rosa
Segundo Guimarães (2000), o conceito de inovação insere-se exatamente no mercado de cosmético, primeiro as empresas coloca o produto no mercado só que diante da vasta concorrência logo outro produto sera lançado o ritmo de lançamento é muito acelerado assim o produto inicial vai ficando ultrapassado é nesse momento que é tão importante a inovação pois estamos tratando de um setor dinâmico as indústrias lançam vários produtos até o ponto que não dá mais para criar um produto novo assim pegam o produto ultrapassado e incrementam uma característica nova e diferente do produto anteriormente.
O que mantem e atrai consumidores cada vez mais exigentes demandando uma busca continua por inovação e melhoria da qualidade para a consolidação e fortalecimento das marcas no mercado, porém falasse muito de inovação, mas a maioria das empresas a teme, por que é cara, é difícil, é arriscada. Segundo Capanema (2007:147):
(...) a pesquisa aplicada, levada a efeito de forma sistemática em laboratórios próprios ou através de acordos cooperativos com centros de pesquisa, é privilégio, ainda, das empresas de maior expressão (...) está, ainda, restrita às poucas grandes empresas da cadeia de HPPC, grupo no qual se incluem as brasileiras Natura e O Boticário.  
Referencia
BUSTAMANTE, Paula Margarita Andrea Cares. A Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos e seus mecanismos de competitividade. . 2012. Disponível em: http://www.ccsa.unimontes.br/semanadoeconomista/images/arquivos/anais/GT4/industria_higiene_pessoal_perfumaria_cosmeticos_seus_mecanismos_competitividade.pdf. Acesso em: 10/04/2016
 FRITZ, Monika; -, Cristina Gomes de Souza. INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS-CASOS DE EMPRESAS DO SETOR .2006. Disponível em: http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2006/artigos/6_50_766.pdf. Acesso em: 11/04/2016

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Cenário Atual do Setor de HPPC no País



Um ponto de grande relevância no setor de cosméticos é o elevado dinamismo que o mesmo tem conquistado nos últimos anos.
A Industria Brasileira de HPPC (Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), apresentou um crescimento próximo a 10% nos últimos anos.

Sua produção no país demostrou um crescimento médio de 7,5% a.a. nas exportações entre 2004 e 2014 e 19,5% a.a. nas importações no mesmo período. 
Comparando o crescimento da indústria de HPPC nos últimos anos com o crescimento do PIB e do restante da indústria, observa-se que a mesma obteve um resultado significativo, com crescimento médio de 9,2% a.a. nos últimos 19 anos, contra crescimento de 2,8% a.a. no PIB total e 1,9% a.a da indústria geral no mesmo período, segundo dados da ABIHPEC (2014).


Com relação a oportunidade de trabalho, os resultados do setor também mostrou-se importante, só na indústria a criação de empregos no setor apresentou um crescimento médio de 7,4% no período entre 1994 e 2014.

Referencias
ASSOCIAçãO BRASILEIRA DA INDúSTRIA DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMéTICOS - ABIHPEC Panorama do setor de HPPC. 2014. Disponível em: https://www.abihpec.org.br/novo/wp-content/uploads/2015-PANORAMA-DO-SETOR-PORTUGU%C3%8AS-11ago2015.pdf. Acesso em: 10/04/2016

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Fusões e Aquisições


A L´Oreal adquiriu a Sannoflora, empresa especializada em cosméticos orgânicos

A GP Investimentos adquiriu participação na empresa Beleza Natural em Julho de 2013

Hypermarcas adquiriu a Bitufo em novembro de 2010

A Natura adquiriu a australiana Emeis visando a expansão internacional em mercado premium.

A empresa gaucha Empório Body Store vendeu 51% das suas ações para a a francesa L’Oréal

A L’Oreal desenvolveu uma linha de nutricosméticos em parceria com a Nestlé e também realizou uma parceria com a Coca-Cola para o desenvolvimento de bebidas à base de chá com propriedade de promoção de beleza da pele.

Referências:
BASíLIO, Vinicius. Cosméticos: Por dentro da beleza do mercado brasileiro. 2013. Disponível em: http://www.camaya.com.br/site/pt/insights/42/2013/10/cosmeticos:_por_dentro_da_beleza_do_mercado_brasileiro. Acesso em: 12/04/2016


terça-feira, 12 de abril de 2016

Explorando o Setor HPPC




Um cosmetologista geral é perito em todas as formas de cuidados de beleza, podendo fazer tratamentos capilares, faciais, de pele e unhas e até massagens


A existência de elevados requerimentos de capital inicial: temos como exemplo a natura por se tratar de um grupo que compete por grandes participações de mercado, a entrada de um novo produto para concorrer na divisão do mercado (concentração) vai requerer imensa capacidade de capital.


Tratando-se de mulheres o setor de cosmético faz parte da lista de 10 segmentos que mais deixaram as mulheres insatisfeitas no brasil, porém o setor continua aquecido.


Nutricosméticos: produtos de ingestão oral (alimentos, bebidas ou comprimidos) com ingredientes que prometem promover a saúde e a beleza do corpo, pele e cabelos. Muitas empresas do setor de alimentos, como a Danone, vêm buscando desenvolver alimentos funcionais, passando recentemente a ressaltar os efeitos de seus produtos sobre a beleza. No mercado asiático, a Nissin Foods lançou recentemente um macarrão enriquecido com colágeno.

Referências
BASíLIO, Vinicius. Cosméticos: Por dentro da beleza do mercado brasileiro. 2013. Disponível em: http://www.camaya.com.br/site/pt/insights/42/2013/10/cosmeticos:_por_dentro_da_beleza_do_mercado_brasileiro. Acesso em: 12/04/2016
PIROLA, Erika Nogueira. Indústria e Território:o caso da cadeia produtiva de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. 2011. Disponível em: file:///C:/Users/Val/Downloads/PirolaErikaNogueira_D.pdf. Acesso em: 11/04/2016

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Setor HPPC e Meio Ambiente


No cenário atual, o tema sustentabilidade vem ganhando espaço o que gera maior cobrança, por meio de legislações e principalmente por parte do consumidor, por um bom desempenho ambiental por parte das indústrias. Com o setor de cosméticos não foi muito diferente e o resultado disso é o aumento dos produtos "verdes", que se mostram bem mais vantajosos se comparados aos cosméticos tradicionais.
A produção de cosméticos tem como insumos energia e principalmente água e seus malefícios ao meio ambiente são resultantes dos efluentes líquidos gerados e dos resíduos, como as embalagens. Desta forma, as empresas vem buscando alternativas que diminuam os impactos ambientais gerados por seus processos produtivos, por meio do uso de matérias primas naturais. 
No Brasil, os produtos de HPPC são fiscalizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A falta de de legislação regulamentadora específica para produtos de HPPC ecologicamente corretos fez com que algumas empresas assumissem tal papel, destacando-se o Instituto Biodinâmico – IBD, a Ecocert Brasil e a Abihpec (Associação Brasileira da Industria de Higiene e Cosméticos).

A seguir estão alguns exemplos de empresas do setor que praticam a responsabilidade ambiental:
  • Avon: A indústria modificou as rotas de distribuição de seus produtos no Brasil, como forma de diminuir a emissão de poluentes por seus caminhões. Dos resíduos gerados na companhia, 80% são reciclados e os 20% restantes são descartados por processos com menor dano ambiental.
  • Natura: Trabalha com refis desde 1983, o que já economizou 2,2 mil toneladas em embalagens. Em 2000 lançou a linha Ekos, com a adoção do uso sustentável de matérias-primas da biodiversidade brasileira.
  • O Boticário: As matérias-primas utilizadas na linha Nativa Spa são originárias de fornecedores certificados. Os únicos itens que utilizam cartucho são os sabonetes, porque necessitam de proteção contra a luz e o calor - para os demais, dispensam embalagens extras para diminuir a produção de lixo. A empresa tem uma taxa de reciclagem de até 90% dos materiais utilizados na fábrica e um plano de metas com o objetivo de reduzir ao mínimo o consumo de água e energia.
  • L´Oreal: 70% do material descartado é reciclado. O lixo orgânico passa por um processo de compostagem. Torna-se adubo que é utilizado nas áreas verdes da fábrica. A marca ainda implantou um projeto de iluminação natural. A economia anual de energia elétrica daria para abastecer uma cidade com 900 mil habitantes durante um dia inteiro.
  • PROCTER & GAMBLE: na fábrica de Anchieta (SP), a companhia implementou um sistema de captação de água de poços para a preservação dos lençóis freáticos. Nessa unidade não há descarte de dejetos industriais, pois toda a água utilizada no processo industrial é tratada e novamente encaminhada para uso na fábrica.
  • JOHNSON & JOHNSON: todas as empresas do grupo Johnson & Johnson foram certificadas de acordo com a norma internacional ISO 14001, que atesta a responsabilidade ambiental de uma organização. Além de eliminar o CFC - clorofluorcarbono, gás prejudicial à camada de ozônio - dos processos de fabricação, o grupo reduziu o consumo de energia elétrica em cerca de 25% e o de água em cerca 20% no período de 2000 a 2005. 
  • UNILEVER: a companhia trata 100% dos efluentes gerados pela indústria,além de buscar a redução do consumo de água, energia e na geração de resíduos solídos. Em Vinhedo (SP), as variantes mais claras de xampus são produzidas antes das escuras, economizando a água gasta nas lavagens dos tanques. A empresa faz parcerias com um seleto grupo de fornecedores de matérias-primas que adotam meios de produção sustentáveis.

Referências 
SALú, Daniela. Beleza Sustentável. 2007. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/conteudo_245338.shtml?func=1&pag=1&fnt=14px. Acesso em: 15/04/2016
PEREIRA, Liliane; MAGNANI, Vanessa. COSMÉTICOS: A INDÚSTRIA SABE O QUE ESTÁ VENDENDO, MAS O CONSUMIDOR NÃO SABE O QUE ESTÁ USANDO. 2014. Disponível em: http://jornalismoambiental.uniritter.edu.br/?p=35. Acesso em: 15/04/2015

Informações Audiovisuais

Fábrica da Natura Cosméticos S/A:

(A incrível fabrica da Natura, e toda a sua estrutura tecnológica, este vídeo pertence a Natura, e um vídeo institucional que mostra toda a sua estrutura e organização)

A História dos Cosméticos
(O vídeo é um excelente trabalho do website Story of Stuffs, mostrando a nocividade dos cosméticos que são usados frequentemente. Produtos carcinogênicos usados na indústria da beleza, nunca receberam a atenção merecida.)
https://www.youtube.com/watch?v=N_Jr8BBfD_U