segunda-feira, 11 de abril de 2016

Setor HPPC e Meio Ambiente


No cenário atual, o tema sustentabilidade vem ganhando espaço o que gera maior cobrança, por meio de legislações e principalmente por parte do consumidor, por um bom desempenho ambiental por parte das indústrias. Com o setor de cosméticos não foi muito diferente e o resultado disso é o aumento dos produtos "verdes", que se mostram bem mais vantajosos se comparados aos cosméticos tradicionais.
A produção de cosméticos tem como insumos energia e principalmente água e seus malefícios ao meio ambiente são resultantes dos efluentes líquidos gerados e dos resíduos, como as embalagens. Desta forma, as empresas vem buscando alternativas que diminuam os impactos ambientais gerados por seus processos produtivos, por meio do uso de matérias primas naturais. 
No Brasil, os produtos de HPPC são fiscalizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A falta de de legislação regulamentadora específica para produtos de HPPC ecologicamente corretos fez com que algumas empresas assumissem tal papel, destacando-se o Instituto Biodinâmico – IBD, a Ecocert Brasil e a Abihpec (Associação Brasileira da Industria de Higiene e Cosméticos).

A seguir estão alguns exemplos de empresas do setor que praticam a responsabilidade ambiental:
  • Avon: A indústria modificou as rotas de distribuição de seus produtos no Brasil, como forma de diminuir a emissão de poluentes por seus caminhões. Dos resíduos gerados na companhia, 80% são reciclados e os 20% restantes são descartados por processos com menor dano ambiental.
  • Natura: Trabalha com refis desde 1983, o que já economizou 2,2 mil toneladas em embalagens. Em 2000 lançou a linha Ekos, com a adoção do uso sustentável de matérias-primas da biodiversidade brasileira.
  • O Boticário: As matérias-primas utilizadas na linha Nativa Spa são originárias de fornecedores certificados. Os únicos itens que utilizam cartucho são os sabonetes, porque necessitam de proteção contra a luz e o calor - para os demais, dispensam embalagens extras para diminuir a produção de lixo. A empresa tem uma taxa de reciclagem de até 90% dos materiais utilizados na fábrica e um plano de metas com o objetivo de reduzir ao mínimo o consumo de água e energia.
  • L´Oreal: 70% do material descartado é reciclado. O lixo orgânico passa por um processo de compostagem. Torna-se adubo que é utilizado nas áreas verdes da fábrica. A marca ainda implantou um projeto de iluminação natural. A economia anual de energia elétrica daria para abastecer uma cidade com 900 mil habitantes durante um dia inteiro.
  • PROCTER & GAMBLE: na fábrica de Anchieta (SP), a companhia implementou um sistema de captação de água de poços para a preservação dos lençóis freáticos. Nessa unidade não há descarte de dejetos industriais, pois toda a água utilizada no processo industrial é tratada e novamente encaminhada para uso na fábrica.
  • JOHNSON & JOHNSON: todas as empresas do grupo Johnson & Johnson foram certificadas de acordo com a norma internacional ISO 14001, que atesta a responsabilidade ambiental de uma organização. Além de eliminar o CFC - clorofluorcarbono, gás prejudicial à camada de ozônio - dos processos de fabricação, o grupo reduziu o consumo de energia elétrica em cerca de 25% e o de água em cerca 20% no período de 2000 a 2005. 
  • UNILEVER: a companhia trata 100% dos efluentes gerados pela indústria,além de buscar a redução do consumo de água, energia e na geração de resíduos solídos. Em Vinhedo (SP), as variantes mais claras de xampus são produzidas antes das escuras, economizando a água gasta nas lavagens dos tanques. A empresa faz parcerias com um seleto grupo de fornecedores de matérias-primas que adotam meios de produção sustentáveis.

Referências 
SALú, Daniela. Beleza Sustentável. 2007. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/conteudo_245338.shtml?func=1&pag=1&fnt=14px. Acesso em: 15/04/2016
PEREIRA, Liliane; MAGNANI, Vanessa. COSMÉTICOS: A INDÚSTRIA SABE O QUE ESTÁ VENDENDO, MAS O CONSUMIDOR NÃO SABE O QUE ESTÁ USANDO. 2014. Disponível em: http://jornalismoambiental.uniritter.edu.br/?p=35. Acesso em: 15/04/2015

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